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Ensaios-->LIDERANÇA INTEGRADA, UM NOVO ESTILO DE LIDERAR - Parte 01 -- 29/09/2001 - 22:11 (J. B. Xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


LIDERANÇA INTEGRADA, UM NOVO ESTILO DE LIDERAR

Parte 01

FUGINDO DA MANADA!
Quando Se fala em liderança pensa-se sempre em alguém conduzindo e alguém sendo conduzido. Ora, isso também é uma verdade, mas deixou de ser essa verdade absoluta que sempre se aceitou, para transformar-se numa verdade relativa, mutável à luz das interpretações.

Há algum tempo tenho observado que vem tomando forma um novo estilo de liderança, resultante de um processo natural de busca de soluções versus custos com treinamento.

Tenho observado que o líder saiu de seu habitat costumaz - o topo da pirâmide do organograma - para misturar-se ao grupo como um dos executantes. Não há literatura a respeito, por isso ouso traçar algumas considerações sobre o tema, baseado em minhas próprias anotações e vivência constante com esse novo tipo de líder.

Hoje, com a evolução, com o aumento das complexidades dos relacionamentos interpessoais, com a diminuição das diferenças sociais, com o acesso que as várias camadas sociais têm umas para com as outras, esta questão de se deixar levar, também mudou.

Os principais dogmas, se é que podemos chamá-los assim, bem como as acepções básicas sobre liderança, continuam, mas nota-se que alguns aspectos, até agora relegados a um plano secundário para a compreensão do processo, hoje ocupam lugar de destaque no estudo do tema. Muitos conceitos deixaram de ser usados, mas dentre os que permaneceram, me parece que o principal deles tem a ver com lealdade, clareza de propósitos e transparência entre os membros da equipe e seu líder. Se não houver essa transparência, se a lealdade não for total, se houver alguma dúvida com relação ao líder, haverá problemas de liderança.

Hoje ainda se tenta enquadrar todos os líderes dentro de um mesmo perfil comportamental. Toma-se alguns requisitos básicos que formam o perfil de liderança, e entende-se quem sem este perfil, não há como alguém se tornar um líder.

A Liderança Integrada dispensa esse tipo de enfoque. Ela é determinada pelo tipo de tarefa que se apresenta. Assim, um líder prudente, equilibrado, sensato – qualificativos que determinavam o espectro básico-padrão da liderança convencional – pode não ser adequado quando a tarefa exige urgência, ousadia e intrepidez. O contrário também é verdadeiro: Um líder intrépido, audaz, móvel, pode não ser o ideal para tarefas que exijam paciência, planejamento ou estudos tácitos.

Não é difícil imaginar a dificuldade em se encontrar ou desenvolver um líder que reúna em si um espectro comportamental amplo o bastante para abrigar características antagônicas de comportamento. Eis porque as lideranças convencionais são tão instáveis em termos de resultados, saindo-se bem de algumas tarefas e indo mal em outras, independentemente do grau de adaptabilidade que possuam.

Então, se a é a tarefa que determina o líder, e é o líder que determina a equipe, logo, líderes adequados, significam equipes adequadas.

* *

Embora o ato de liderar seja bastante complexo em sua estrutura comportamental, para efeitos práticos, pode-se simplifica-lo em três itens que formam o tripé sobre o qual todo o processo se apóia:

CONFIANÇA
COMPROMISSO
LIBERDADE

CONFIANÇA ABSOLUTA
Sem confiança não é possível a liberdade. Sem liberdade, não é possível a criatividade. Sem criatividade raramente se obtém a motivação, e sem motivação não há trabalho.

Não se deve confundir discordância com deslealdade, porque discordâncias são salutares e precisam estar presentes sempre. O que não pode deixar de existir é a confiança. Uma confiança que seja absoluta, irrestrita, ampla, abrangente, de tal sorte que se acredite inteiramente naquilo que o líder está fazendo. Uma vez quebrada esse confiança, uma vez desacreditada a palavra do líder, finda-se o grupo, e também a liderança, por conseqüência.

Ora, isso talvez nos faça pensar na infalibilidade do líder, na necessidade de o líder estar sempre certo no que diz ou faz. Todos sabemos, no entanto, que isso não é possível, que os humanos todos são falhos, e que o líder, por ser humano, é falho também.

Quando falamos em CONFIANÇA, estamos dizendo que a equipe não pode perceber segundas intenções nas ações e intenções do líder. Não importa se o líder se engana, não importa sequer se suas idéias são – ou estão – equivocadas. O que importa é a sinceridade com que ele as expõe ao grupo, a intensidade com que ele o envolve e participa das suas ações. Essa participação do líder nas tarefas que antes eram assunto exclusivo do grupo, é que define a prática da Liderança Integrada.

COMPROMISSO COM RESULTADOS
Não basta apenas – nem ao grupo nem ao líder – estar envolvido na tarefa. É necessário concentração total de esforços, e dar tudo de si para que a tarefa seja levada a bom termo. Principalmente, o grupo e o líder precisam aceitar o fato de que fracasso não é uma opção. Compromisso com os resultados significa também a disposição de abrir mão de seus próprios pontos de vista, quando – e se – isto significar a facilitação no atingimento dos objetivos.


LIBERDADE
O grupo só leva a bom termo uma tarefa, se o seu líder estiver constantemente motivando-o, definindo parâmetros, avaliando-o e principalmente retribuindo em forma de agradecimento às tarefas bem executadas. Entenda-se por “agradecimento” todas as formas de benefícios ou recompensas que o líder possa vir a presentear o grupo. Ao líder compete, portanto, motivar o grupo, pois somente através da motivação ele produz eficazmente. Ora, não é possível motivação sem liberdade! Deduz-se, portanto, que grupos cuja liberdade lhes são tolhidas, produzem menos, porque seu grau de motivação é baixo.

Motivação é um estado de expansão da consciência, onde vislumbra-se perspectivas e auto realização. É também um estado de alegria que faz brotar vida e ação do interior das pessoas, tornando-as muito mais comunicativas e criativas. Portanto, grupos motivados são também grupos criativos, e grupos criativos são muito mais produtivos.

Percebe-se então que liderar integradamente significa fornecer o grupo a liberdade necessária ao surgimento da criatividade. Significa balizar a área de atuação do grupo e deixá-lo em liberdade, dentro dessa área, para a busca de soluções. O líder move essas balizas, diminuindo ou ampliando a área de atuação, conforme as informações fornecidas pela visão holística que possui.

Um líder que não inova, que não areja suas próprias idéias, que sente-se pouco à vontade ao conviver com o novo, que não traz para seu grupo novas formas de pensar, que tem dificuldades em conviver com antagonismos; não consegue incentivar o grupo a buscar novos descobrimentos, novas formas de trabalho, porque suas idéias vão se tornando antigas, anacrônicas, e o grupo passa a executar suas tarefas de maneira mecanizada e sem vida, sem perspectivas.

Assim promover um ambiente de liberdade onde possam existir criatividade e inovação, é prerrogativa indispensável ao processo de liderança integrada.

* * *
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